quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Tempestade


Me tira o sono no meio da noite
Silenciosa e gélida
Às cinco da manhã

Deitada entre os cobertores
Tudo que faço é me deixar levar
Por essa onda repentina
Esse magnetismo nauseante
Essa atração irresistível

Que invade meus pensamentos
Percorre todo o meu corpo
Invade tudo o que sou


Meu eu corpóreo
Meu eu abstrato
Toda a extensão do meu ser

Raios atrás de raios
Relâmpagos e mais relâmpagos
Uma turbulência silenciosa
Um conflito mudo
Uma tempestade em meu peito

O corpo inerte
Mas a mente abalada
Alvoroçada

A tempestade e eu
Juntas na noite escura
Como semelhantes
Inquietas
Complexas.


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